Os últimos meses tem sido bastante intensos do lado de cá e tudo que tem acontecido me fez refletir muito sobre a vida, sobre o tempo e principalmente sobre o que fazer com ele, já que considerada a vastidão do mundo, parece ser tão pouco.
Até alguns meses atrás, tudo parecia estar bem, hoje estou aqui travando uma batalha homérica pela vida da minha gata. Estava tudo bem, hoje não sei se ela estará conosco por mais algumas semanas, meses ou anos. Será que ela comemorá seu aniversário de 11 anos?
Não sabemos. E isso tem me feito pensar sobre o meu tempo também... Afinal está tudo bem, mas para ficar tudo mal não precisa de muito.
Não sabemos. E isso tem me feito pensar sobre o meu tempo também... Afinal está tudo bem, mas para ficar tudo mal não precisa de muito.
Há tanto o que se fazer, que o tempo parece injustamente muito pequeno. Nem em todas as vidas nesse mundo eu poderia fazer e conhecer tudo que eu gostaria, o que é muito triste. Porém, há muitas coisas que posso fazer, mas não faço e tem uma razão muito simples para isso: estou perdendo meu precioso tempo com coisas inúteis.
Gastei muito tempo da minha vida com redes sociais, por exemplo. Hoje eu percebo o quanto isso consumiu parte da minha vida, seja morrendo de raiva discutindo política e saúde pública ou rolando o feed infinitamente. O dedo condicionado à posição do aplicativo na tela, abrindo-o sem perceber dezenas de vezes ao dia.
No passado isso jamais foi um problema, mas hoje eu vejo o quanto eu sempre estive imersa nessa necessidade de estar em todas as redes, chegando ao cúmulo de ter dois ou três perfis em cada uma, separados por 'nichos' de interesse.
Isso é loucura.
Eu não consegui ver o quanto o excesso de redes sociais poderia ser tóxico e contraproducente. Estava tudo bem! Até tudo começar a ficar mal.
Isso é loucura.
Eu não consegui ver o quanto o excesso de redes sociais poderia ser tóxico e contraproducente. Estava tudo bem! Até tudo começar a ficar mal.
Vivemos tempos difíceis. A internet já foi o refúgio para as pressões da vida offline, hoje a vida fora disso aqui é que virou um lugar seguro.
Não há nada que passe impune ao julgamento digital, nem mesmo uma boa ação. Nada passa pelo crivo do usuário da web sem sofrer duras críticas, quando não ataques desproporcionais. Estar no ambiente virtual de forma constante é apenas para os fortes e destemidos.
E a comparação? Ah essa criaturinha insolente que não perde a oportunidade de aparecer sempre que pode.
E com isso eu percebi que estou me sentindo cansada e com uma necessidade enorme de me desconectar cada vez mais. Já consegui deixar de lado o Facebook há anos, mas mantinha várias contas 'nichadas' no Twitter e Instagram.
Comecei a me cansar delas também. Desativei todas que pude, mantendo apenas a minha conta principal no Instagram e Twitter, além de claro, as redes sociais da minha papelaria.
Comecei a me cansar delas também. Desativei todas que pude, mantendo apenas a minha conta principal no Instagram e Twitter, além de claro, as redes sociais da minha papelaria.
Contudo, nos últimos dias também estou me sentindo muito negativa em relação ao Twitter, algo que achei que nunca seria possível, já que é uma rede que uso frequentemente desde 2009. Mas esse dia chegou, eu entro e me sinto impelida a sair quase que de imediato, naquele bom e velho "sem tempo, irmão".
Eu deslizo o feed e pouco se aproveita do que vejo ali e não necessariamente seja porque as pessoas misteriosamente ficaram tediosas, mas porque realmente aquele tipo de conteúdo não tem me interessado mais.
Eu deslizo o feed e pouco se aproveita do que vejo ali e não necessariamente seja porque as pessoas misteriosamente ficaram tediosas, mas porque realmente aquele tipo de conteúdo não tem me interessado mais.
Meu desejo hoje é dedicar o meu tempo à minha família, ao meu trabalho, aos meus passatempos e a todo o infinito de coisas que existem nesse mundo e eu quero aprender e tudo que quero fazer e criar antes da minha vida findar. E não é possível fazer tudo isso e ainda rolar o feed das redes desenfreadamente.
Eu preciso escolher as minhas prioridades.
Eu preciso escolher as minhas prioridades.
E agora a minha prioridade não é ser uma presença digital constante, hoje a ideia de virar um ser mitológico, cujo paradeiro as pessoas apenas imaginam, me apetece muito mais. Se um dia já quis o contrário, esse dia já ficou no passado.
Urge a necessidade de uma vida digital mais intencional e comedida, eu preciso disso como uma abelha precisa do pólen das flores.
Ainda há muito a se dizer sobre tudo que tenho sentido, mas com o coração mais leve, por hoje me despeço.
Com carinho.
Oi, Pri!! Eu também percebi que perdi muito tempo com rede social porque nelas é muito mais fácil se distrair com coisas que no próximo segundo a pessoa nem irá se lembrar mais. Esse foi o principal motivo de estar dando um tempo, pois eu também quero me dedicar aos meus hobbies e projetos. Só uma semana sem aparecer no Instagram, eu consegui fazer tantas coisas e também tive um pico enorme de criatividade. Acho que manter um blog é bom, você pode ainda acompanhar pessoas que gosta e não correr o risco de ficar hipinotizado com algum vídeo chiclete de 5 segundos.
ResponderExcluirhttps://bosquedorobin.com.br/
É exatamente essa a sensação! Das coisas mais frívolas terem esse domínio sobre nós. E o pior é que é extremamente sutil, nos faz achar que não tem problema ver só mais um videozinho de 15 segundos... Quando na realidade a intenção é nos prender ali pelo maior tempo possível.
ExcluirDiminuir o consumo de redes sociais tem me feito muito bem também, não quero estar no leito de morte com arrependimentos sobre as coisas que deixei de fazer porque não fui capaz de tirar o celular da mão.