The Peter Rabbit Library

28.9.23

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Eu sou completamente apaixonada pelas obras da Beatrix Potter! Creio que a maioria de vocês conhecem a famosa história de Peter Rabbit e hoje eu quis mostrar a minha coleção de livros ilustrados por essa talentosa artista.

Ganhei esse box do digníssimo durante nossa ida a Edimburgo, durante nossa lua de mel. Estávamos visitando uma lojinha dessas que vendem de tudo um pouco e logo na entrada me deparei com uma pilha desse box da Beatrix Potter e fiquei alucinada. O box estava em promoção de £35 por £18 e então o digníssimo me fez esse mimo.


O box tem 10 livrinhos de capa dura e inclui as seguintes histórias: The Tale of Peter Rabbit, The Tale of Squirrel Nutkin, The Tailor of Gloucester, The Tale of Two Bad Mice, The Tale of Mrs. Twiggy-Winkle, The Tale of Mr. Jeremy Fisher, The Tale of Tom Kitten, The Tale of Jemima Puddle-Duck e The Tale of The Flopsy Bunnies.

Minha intenção era também fazer a coleção dos livros de bolso, porém com o encerramento das atividades da Book Depository, acredito que essa missão não seria tão fácil.

Quem sabe o mercado editorial nacional não se interessa um dia por trazer as versões traduzidas para o Brasil, né? A esperança é a última a morrer sempre. 

Continuemos esperando.

Desconectar

14.9.23

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Os últimos meses tem sido bastante intensos do lado de cá e tudo que tem acontecido me fez refletir muito sobre a vida, sobre o tempo e principalmente sobre o que fazer com ele, já que considerada a vastidão do mundo, parece ser tão pouco.

Até alguns meses atrás, tudo parecia estar bem, hoje estou aqui travando uma batalha homérica pela vida da minha gata. Estava tudo bem, hoje não sei se ela estará conosco por mais algumas semanas, meses ou anos. Será que ela comemorá seu aniversário de 11 anos?

Não sabemos. E isso tem me feito pensar sobre o meu tempo também... Afinal está tudo bem, mas para ficar tudo mal não precisa de muito.

Há tanto o que se fazer, que o tempo parece injustamente muito pequeno. Nem em todas as vidas nesse mundo eu poderia fazer e conhecer tudo que eu gostaria, o que é muito triste. Porém, há muitas coisas que posso fazer, mas não faço e tem uma razão muito simples para isso: estou perdendo meu precioso tempo com coisas inúteis.

Gastei muito tempo da minha vida com redes sociais, por exemplo. Hoje eu percebo o quanto isso consumiu parte da minha vida, seja morrendo de raiva discutindo política e saúde pública ou rolando o feed infinitamente. O dedo condicionado à posição do aplicativo na tela, abrindo-o sem perceber dezenas de vezes ao dia.

No passado isso jamais foi um problema, mas hoje eu vejo o quanto eu sempre estive imersa nessa necessidade de estar em todas as redes, chegando ao cúmulo de ter dois ou três perfis em cada uma, separados por 'nichos' de interesse.

Isso é loucura.

Eu não consegui ver o quanto o excesso de redes sociais poderia ser tóxico e contraproducente. Estava tudo bem! Até tudo começar a ficar mal.

Vivemos tempos difíceis. A internet já foi o refúgio para as pressões da vida offline, hoje a vida fora disso aqui é que virou um lugar seguro.

Não há nada que passe impune ao julgamento digital, nem mesmo uma boa ação. Nada passa pelo crivo do usuário da web sem sofrer duras críticas, quando não ataques desproporcionais. Estar no ambiente virtual de forma constante é apenas para os fortes e destemidos.

E a comparação? Ah essa criaturinha insolente que não perde a oportunidade de aparecer sempre que pode.

E com isso eu percebi que estou me sentindo cansada e com uma necessidade enorme de me desconectar cada vez mais. Já consegui deixar de lado o Facebook há anos, mas mantinha várias contas 'nichadas' no Twitter e Instagram.

Comecei a me cansar delas também. Desativei todas que pude, mantendo apenas a minha conta principal no Instagram e Twitter, além de claro, as redes sociais da minha papelaria. 

Contudo, nos últimos dias também estou me sentindo muito negativa em relação ao Twitter, algo que achei que nunca seria possível, já que é uma rede que uso frequentemente desde 2009. Mas esse dia chegou, eu entro e me sinto impelida a sair quase que de imediato, naquele bom e velho "sem tempo, irmão". 

Eu deslizo o feed e pouco se aproveita do que vejo ali e não necessariamente seja porque as pessoas misteriosamente ficaram tediosas, mas porque realmente aquele tipo de conteúdo não tem me interessado mais.

Meu desejo hoje é dedicar o meu tempo à minha família, ao meu trabalho, aos meus passatempos e a todo o infinito de coisas que existem nesse mundo e eu quero aprender e tudo que quero fazer e criar antes da minha vida findar. E não é possível fazer tudo isso e ainda rolar o feed das redes desenfreadamente.

Eu preciso escolher as minhas prioridades. 

E agora a minha prioridade não é ser uma presença digital constante, hoje a ideia de virar um ser mitológico, cujo paradeiro as pessoas apenas imaginam, me apetece muito mais. Se um dia já quis o contrário, esse dia já ficou no passado.

Urge a necessidade de uma vida digital mais intencional e comedida, eu preciso disso como uma abelha precisa do pólen das flores. 

Ainda há muito a se dizer sobre tudo que tenho sentido, mas com o coração mais leve, por hoje me despeço.

Com carinho.