Dezembro, 13.

13.12.22

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Eu apareci aqui muito menos do que eu gostaria e do que eu havia planejado, mas a vida geralmente é assim mesmo.
O ano está nos seus momentos finais e eu não posso dizer que fiquei insatisfeita com ele, como me senti nos anos anteriores. Pelo contrário, eu acho que foi um ano bastante satisfatório pessoalmente falando, apenas de ter sido muito estressante se pensarmos no cenário geral.

Fiz coisas importantes esse ano e sinto que algo despertou dentro de mim, mas não sei bem explicar o que é. Só sei que, apesar de todos os poréns, entretantos e todavias que cercam a minha vida, eu passei a ter um prospecto mais animado em relação aos meus dias futuros.

Eu acho que de certo modo eu estou começando a me compreender melhor e a aceitar também que muitas coisas são inerentes ao que eu sou e não preciso tentar mudar. Talvez isso seja o responsável por eu imaginar que ainda há coisas que valem a pena serem feitas e vividas.

Penso que preciso fazer muitas coisas ainda, pra que eu me sinta plenamente razoável em relação à minha expectativa em relação à vida. Mas uma longa caminhada é feita de pequenos passos individuais, não é mesmo?

Tenho alguns desejos para o próximo ano que foram listados depois de muito pensar (e podem ser consultados aqui.)

Apesar de eu poder continuar aumentando essa lista exponencialmente, acho que no fim acabou por já ficar extensa demais e ser suficiente pra me ocupar durante todo o ano. 

Inclusive atualizar mais esse blog e o listography estão entre meus maiores desejos para o próximo ano, pois se tem algo que eu senti muito forte esse ano foi um extremo saudosismo das coisas que me faziam muito bem anteriormente.

Penso no próximo ano com esperança, com os mais sinceros desejos de que seja um ano feliz e proveitoso e se possível, um pouco menos estressante do que os anteriores foram.

É o meu principal desejo.

Notas de uma órfã do Polyvore

16.5.22

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Eu estou numa fase extremamente saudosa, querendo resgatar coisas que me traziam alegria e satisfação em épocas passadas. Uma das coisas que eu amava fazer era criar sets estéticos no Polyvore, mas havia uma questão vital que impedia a retomada desse hobbie: o site foi descontinuado em 2018.

Eu até cheguei a procurar equivalentes na época, mas não me interessei muito por nenhum e joguei o assunto para trás das costas e segui a vida. Porém nas últimas semanas eu realmente imergi numa aura saudosista e decidi que iria dar atenção para algumas coisas e fui pesquisar para ver se havia realmente algo semelhante ao Polyvore nos dias de hoje.

E para a minha alegria havia: o site Urstyle.

Eu fiquei tão feliz! Ele realmente é um equivalente ao finado Polyvore e tão prático de mexer quanto. Imediatamente criei uma conta e comecei minhas criações e foi como se eu tivesse voltado uma década no tempo, a satisfação que isso me causou foi algo intangível e imensurável. 

E para a minha alegria, eu descobri que tenho uma pasta no Pinterest com cerca de 800 itens que eram do Polyvore (na época eu fiz algo para que tudo que eu desse like no Polyvore iria imediatamente para essa pasta no Pinterest), então tenho muito conteúdo disponível que posso fazer o upload no Urstyle para compor meus sets.

Que alegria isso me trouxe! 



Quinta,12.

12.5.22

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Mais um longo período se passou até que eu retornasse para dizer alguma coisa. Nesse último ano eu fui tomada por uma apatia como nunca antes em toda a minha vida e foi difícil ter disposição para fazer até as coisas mais básicas e triviais. 

Por outro lado, eu passei por uma fase de mudança interior muito importante também, onde muitas coisas passaram ou voltaram a fazer sentido e outras se tornaram totalmente banais e eu as deixei ir.

Acho que cheguei naquele ponto da vida em que fazemos as pazes com nós mesmos e a vida fica mais leve. No último ano eu tenho respeitado muito quem eu sou e lapidado muito quem eu quero ser, afinal a evolução é eterna e sempre há o que consertar ou melhorar.

Uma das coisas que hoje não faz mais sentido pra mim é o desânimo causado pela sensação de estar sempre falando sozinha, afinal ninguém se interessa mais por ler nada na internet nos dias de hoje, mas eu percebi que eu nunca escrevi pra ninguém, sempre foi pra mim.

A escrita sempre foi algo precioso pra mim e a minha forma mais pura e profunda de me conectar comigo mesma. Recentemente eu tive um choque de realidade ao perceber que não apenas estava com dificuldade de escrever à mão, como estava com uma escrita digital pífia e descuidada, justamente pela ânsia de ser concisa e rápida para me adequar à essa realidade em que tudo é curto e dura segundos.

Eu, que sempre me destaquei pela minha escrita impecável, me vi cometendo erros básicos pelo simples fato de escrever rápido demais e não revisar o que escrevi. Isso me acendeu um alerta preocupante e a partir disso a minha reflexão sobre a minha vida foi profunda.

Eu não quero me adequar a nada perdendo minha essência e habilidades que sempre foram características muito pontuais minhas e pensando nessa questão de adequação, eu tive uma grande epifania sobre tudo e tudo mudou dentro de mim.

Eu percebi que um dos grandes responsáveis pela maioria das minhas frustrações era esse desejo de me adequar, de superar expectativas alheias, de estar sempre bem diante da opinião alheia. 

Eu não preciso disso.

Eu não desejo mais isso.

Eu decidi respeitar quem eu sou: a pessoa dos textões, dos livrões, das antiguidades, dos assuntos que ninguém se interessa, das divagações no meio da madrugada e de tudo que me faz amar ser quem eu sou. Essa sou eu e eu não pretendo me reduzir pra caber no espaço de outra pessoa nunca mais na minha vida.

E sim, estou de volta ♥